Vereadora de São Paulo registra queixa contra rapper MC Oruam por ataques nas redes sociais


A vereadora Amanda Vettorazzo, do União Brasil e integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), formalizou um boletim de ocorrência contra o rapper MC Oruam no 1º Distrito Policial da Polícia Civil de São Paulo. A denúncia inclui acusações de injúria, difamação e incitação ao crime, após uma troca de acusações públicas entre os dois.

O início do conflito — O desentendimento começou quando Amanda, que ocupa uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo, apresentou um projeto de lei para proibir a contratação, por órgãos públicos, de artistas que promovam apologia ao crime organizado. A proposta, segundo a vereadora, tinha como objetivo impedir a realização de shows de MC Oruam na cidade.

A iniciativa gerou forte repercussão, com apoio de outros vereadores interessados em adotar legislações semelhantes em seus municípios. No entanto, também atraiu críticas de fãs e do próprio MC Oruam.

Ataques virtuais — Em resposta, Oruam, cujo nome verdadeiro é Oruan Pereira de Souza, utilizou suas redes sociais para atacar Amanda, chamando-a de “doente mental” e “idiota”. Ele também incentivou seus seguidores a denunciar e tentar derrubar o perfil da parlamentar. A ação gerou uma onda de mensagens agressivas e ameaçadoras contra Vettorazzo, que se viu forçada a buscar proteção legal.


Quem é MC Oruam? — MC Oruam, de 23 anos, é filho de Marcinho VP, apontado como um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho. O rapper ganhou notoriedade tanto por seu talento musical quanto por polêmicas envolvendo declarações e comportamentos controversos. O pai, Marcinho VP, atualmente cumpre pena em regime fechado e é considerado uma das figuras mais influentes do crime organizado no Brasil.

Apesar de sua trajetória artística promissora, MC Oruam frequentemente se encontra no centro de controvérsias. Em 2024, sua participação em eventos como o Wehoo Festival foi cancelada após declarações que foram vistas como incompatíveis com os princípios dos organizadores.

Declaração de Amanda Vettorazzo — Após registrar a denúncia, Amanda afirmou que não se intimidará. "Não podemos permitir que figuras públicas utilizem sua influência para intimidar e atacar aqueles que se posicionam contra práticas ilegais ou discursos que promovem o crime", declarou a vereadora. Ela também revelou que sua proposta de lei recebeu amplo apoio de colegas parlamentares em diferentes estados.

Investigação em curso — A Polícia Civil de São Paulo iniciou as investigações para apurar as acusações. O caso reacende o debate sobre a responsabilidade de figuras públicas nas redes sociais e os limites da liberdade de expressão.

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