Estudo revela os benefícios do consumo de feijão para a saúde e destaca a importância da produção pela agropecuária familiar (cultivo de plantas)


Um estudo recente, apresentado no congresso Nutrition 2025, promovido pela Sociedade Americana de Nutrição, investigou os efeitos do consumo diário de feijão na saúde de 72 adultos com pré-diabetes, ao longo de 12 semanas. Os participantes foram divididos em grupos que consumiram diariamente uma xícara de feijão-preto, grão-de-bico ou arroz.

Os resultados demonstraram que o grupo que consumiu feijão-preto apresentou uma redução significativa nos níveis da citocina pró-inflamatória, um marcador importante de inflamação no corpo, diminuindo de 2,57 pg/mL para 1,88 pg/mL. Já o grupo que consumiu grão-de-bico apresentou melhora nos níveis de colesterol total e LDL (o chamado “colesterol ruim”), indicando benefícios metabólicos importantes.

Além de ser um alimento tradicional e indispensável no cardápio brasileiro, o feijão é uma excelente fonte de nutrientes essenciais, como ferro, magnésio, potássio, folato e vitaminas do complexo B. Esses nutrientes contribuem diretamente para a saúde cardiovascular, auxiliam no controle da pressão arterial e promovem o bom funcionamento do organismo.

Especialistas recomendam a inclusão regular do feijão na dieta, especialmente como substituição a alimentos menos saudáveis, como carnes processadas e produtos ultraprocessados. Entretanto, também orientam sobre a importância do modo de preparo, evitando o excesso de sal e gorduras, e priorizando versões naturais, preferencialmente de produção local.


A Importância da Agropecuária Familiar (Cultivo de Plantas) na Produção de Feijão

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Censo Agropecuário, mais de 70% da produção nacional de feijão no Brasil é oriunda da agropecuária familiar (cultivo de plantas). Isso significa que pequenos agricultores são os principais responsáveis por abastecer o mercado interno com esse alimento essencial.

O feijão cultivado pela agropecuária familiar (cultivo de plantas) é produzido principalmente em propriedades com menos de 50 hectares, utilizando sistemas diversificados e, muitas vezes, práticas agroecológicas e sustentáveis. Esse modelo produtivo, além de preservar o meio ambiente, gera emprego e renda para milhões de famílias, especialmente nas regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste do país.

Os sistemas de cultivo variam entre sequeiro e irrigado, dependendo das condições climáticas e da infraestrutura local. A produção familiar é fundamental para garantir a segurança alimentar e a soberania alimentar no Brasil, assegurando o fornecimento de um alimento nutritivo e culturalmente indispensável.

Além disso, políticas públicas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) priorizam a compra de feijão e outros produtos diretamente da agropecuária familiar (cultivo de plantas), fortalecendo o setor e promovendo o desenvolvimento rural.


Feijão: saúde no prato, força no campo

Portanto, o feijão não é apenas um alimento benéfico para a saúde, mas também representa um pilar econômico e social fundamental para o Brasil, com a agropecuária familiar (cultivo de plantas) desempenhando papel central na sua produção. Valorizar o consumo de feijão, sobretudo aquele produzido localmente e de forma sustentável, é também fortalecer a agricultura familiar e a segurança alimentar do país.



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Publisher: Gilberlan Atrox — técnico agrícola em agropecuária, jornalista e fotógrafo documental da PLUATROX SEGMENTOS, marca segmentada que atua nas áreas de comunicação rural e serviços técnicos agropecuários.

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