O papel de cada abelha na colmeia e sua importância para a produção de mel
“Abelha” é um substantivo epiceno
Na língua portuguesa, a palavra abelha é um substantivo epiceno, ou seja, não possui forma específica para o masculino ou para o feminino. Tanto o macho quanto a fêmea recebem o mesmo nome. Mas, para quem trabalha com apicultura, é fundamental conhecer a diferença entre os tipos de abelhas que vivem na colônia, já que cada um desempenha uma função essencial para a produção de mel e para a sobrevivência do enxame.
Estrutura da colmeia: quem faz o quê
- Rainha — É a fêmea reprodutora e o coração da colmeia. Sua principal função é pôr ovos, garantindo o crescimento e a continuidade da população. Uma rainha saudável pode viver de 3 a 5 anos e chega a colocar milhares de ovos por dia. A qualidade da rainha influencia diretamente a força da colônia e, consequentemente, a produtividade do mel.
- Operárias - São fêmeas não reprodutoras, responsáveis por quase todas as atividades da colmeia. Realizam a coleta de néctar e pólen, cuidam das crias, produzem cera, fabricam o mel e ainda defendem a colmeia. Apesar de viverem em média 45 dias, são as verdadeiras “trabalhadoras” da produção apícola. Quanto mais organizadas e saudáveis estiverem, maior será o rendimento da colmeia.
- Zangões - São os machos da colônia. Não possuem ferrão e não participam da coleta nem da produção de mel. Sua função é fecundar a rainha durante o voo nupcial. Embora possam parecer menos importantes, sem eles não haveria reprodução e a continuidade da colônia estaria ameaçada.
Por que esse conhecimento é essencial para o produtor de mel?
Para o apicultor, compreender a divisão de funções dentro da colmeia é fundamental. Saber identificar rainha, operárias e zangões ajuda a avaliar a saúde da colônia, entender a produtividade e planejar manejos adequados.
Uma rainha produtiva, um número equilibrado de operárias e a presença de zangões em épocas certas são sinais de que a colmeia está funcionando bem. Isso se traduz em mais mel de qualidade e em um ciclo sustentável de produção.
Além disso, esse conhecimento fortalece a visão de que a apicultura não depende apenas do mel, mas também da polinização, que garante lavouras mais produtivas e diversificadas, beneficiando tanto o apicultor quanto a agricultura familiar como um todo.