Tragédia Familiar em Vagos: vereadora do PSD assassinada pelo próprio filho de 14 anos

Susana Gravato, vereadora do PSD em Vagos, foi assassinada pelo próprio filho de 14 anos, que utilizou a arma do pai. Tribunal determina guarda em centro educativo e investigação prossegue.

Vagos, Portugal – O concelho de Vagos acordou num clima de choque e tristeza na passada terça-feira, 21 de outubro de 2025, com a morte de Susana Gravato, vereadora do PSD na Câmara Municipal local, aos 49 anos. O crime ocorreu dentro da residência da vítima, na Gafanha da Vagueira, e tem como principal suspeito o próprio filho, de apenas 14 anos, que terá utilizado a arma do pai para disparar contra a mãe.

Susana Gravato iniciou a sua trajetória política em 1994, quando se filiou ao Partido Social Democrata e integrou a JSD – Jovens Sociais-Democratas. Reconhecida pelo seu envolvimento com a comunidade e pela dedicação ao serviço público, era descrita por vizinhos e amigos como "uma pessoa muito boa e muito humilde, que fazia o bem a toda a gente".

O adolescente foi detido pela Polícia Judiciária (PJ), que confirmou a existência de "fortes indícios de um crime de homicídio qualificado". Durante as diligências, a arma utilizada foi recuperada e diversos indícios recolhidos apontam para o menor como presumível autor do crime. O jovem será apresentado a primeiro interrogatório judicial.

O Tribunal de Família e Menores de Aveiro determinou que o adolescente ficará sob guarda em centro educativo em regime fechado por três meses. Carla Delgado, advogada do menor, esclareceu que serão realizadas perícias médico-legais e que "esta medida será revista ao fim de dois meses e poderá ter a duração máxima de seis meses".

Populares que se reuniram para prestar homenagem à vereadora recordaram também o filho como "muito calmo, educado e sossegadinho", acrescentando que se tratava de "um menino humilde". Apesar destas memórias, a tragédia deixa perguntas ainda por responder: quais foram as circunstâncias que levaram a este desfecho e como será o futuro do jovem?

O caso continua a ser acompanhado pelas autoridades, que prometem apurar todos os detalhes. A comunidade de Vagos permanece em luto, enquanto Portugal inteiro acompanha a investigação deste crime que abalou uma família e uma cidade inteira.