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José Cruz/Agência Brasil - 30.1.2025 |
As contas do governo federal registraram um déficit primário de R$ 43 bilhões em 2024, conforme dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional. Apesar do resultado negativo, a meta fiscal foi cumprida, graças à margem de tolerância prevista no novo arcabouço fiscal.
Na comparação com 2023, houve uma redução de 81% no déficit primário, indicando uma melhora significativa no equilíbrio das contas públicas. Em 2023, o déficit havia sido de R$ 226,3 bilhões, enquanto em 2024 foi de R$ 43 bilhões.
É importante destacar que, ao excluir despesas extraordinárias, como os gastos com enchentes no Rio Grande do Sul, incêndios no Pantanal e na Amazônia, além dos valores destinados ao Judiciário e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o déficit primário seria de R$ 11 bilhões, equivalente a 0,09% do Produto Interno Bruto (PIB).
O governo federal reafirmou seu compromisso com a meta fiscal estabelecida, que permite um déficit de até 0,25% do PIB, ou seja, R$ 28,8 bilhões, sem que a meta seja descumprida. As despesas extraordinárias mencionadas não são contabilizadas para o cumprimento da meta fiscal, conforme as regras do novo arcabouço fiscal.
A redução no déficit primário reflete o esforço do governo em equilibrar as contas públicas, mesmo diante de desafios fiscais e despesas imprevistas ao longo do ano.