As melhores raças de porcos para começar uma criação voltada ao abate: guia técnico com base na Embrapa e ABCS

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Suinocultura no Brasil: Conheça as melhores raças de porco para abate e como fazer sua criação prosperar

A suinocultura é uma das atividades mais estratégicas e promissoras do agronegócio brasileiro. Responsável por abastecer o mercado interno com proteína de alta qualidade e conquistar mercados internacionais, a produção de carne suína está em constante evolução, impulsionada por avanços genéticos, tecnológicos e pela crescente demanda dos consumidores por alimentos mais saudáveis, sustentáveis e acessíveis.

No centro dessa transformação está uma decisão fundamental: a escolha da raça de porco ideal para abate. Essa decisão impacta diretamente o desempenho zootécnico dos animais, a conversão alimentar, o rendimento de carcaça, a qualidade da carne e até mesmo a rentabilidade final da propriedade rural.

As raças mais indicadas para produção de carne suína no Brasil

De acordo com recomendações técnicas da Embrapa Suínos e Aves e da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), algumas raças se destacam pelo potencial produtivo, qualidade da carcaça e adaptação às condições brasileiras.

  • Large White: referência mundial em prolificidade e rendimento
De origem inglesa, o Large White é reconhecido pela alta produção de carne magra, crescimento acelerado e excelentes qualidades maternas. Ideal para cruzamentos e criação em sistemas intensivos, oferece um excelente custo-benefício ao produtor.
  • Landrace: excelência materna e rendimento de carcaça
Raça dinamarquesa de grande valor genético. A Landrace se destaca pela habilidade materna, prolificidade e longevidade. Combinada ao Large White, forma matrizes de alto desempenho, adaptadas às condições brasileiras e com carne valorizada no mercado.
  • Duroc: rusticidade e carne premium
Originário dos Estados Unidos, o Duroc é conhecido pelo elevado nível de marmoreio, que proporciona carne macia e suculenta, além de apresentar alta conversão alimentar e rusticidade. É amplamente usado como raça terminal em cruzamentos industriais.
  • Pietrain: alto rendimento de carne magra
O belga Pietrain impressiona pela musculatura e percentual de carne magra. Ideal para atender mercados que exigem cortes magros, exige, no entanto, manejo cuidadoso por sua sensibilidade ao estresse.
  • Moura: raça brasileira com alto valor sustentável
Originária do Sul do Brasil, a raça Moura é perfeita para sistemas extensivos, agroecológicos e familiares. Sua rusticidade e qualidade de carne a tornam ideal para nichos gourmet e mercados locais.

  • Piau: resistência e valorização cultural
Raça nativa do Nordeste, o Piau é símbolo de resistência e tradição. Ideal para produções familiares e sistemas de baixa tecnologia, possui carne saborosa e valorizada em mercados regionais. Sua preservação é estratégica para a biodiversidade e segurança alimentar.

O papel do cruzamento industrial na produção moderna

A estratégia de cruzamento entre raças, como Large White, Landrace e Duroc, permite ganhos expressivos em termos de:

  • Ganho de peso diário
  • Conversão alimentar eficiente
  • Carcaças padronizadas e valorizadas
  • Maior resistência sanitária
  • Melhora na qualidade e sabor da carne

Essas combinações genéticas são indispensáveis para atender à demanda crescente de consumidores que priorizam qualidade, bem-estar animal e sustentabilidade.

Como escolher a melhor raça de porco para sua propriedade?

Antes de iniciar uma criação de suínos, o produtor deve considerar:

  • Sistema de produção (intensivo, semi-intensivo ou extensivo)
  • Clima da região e capacidade de adaptação dos animais
  • Infraestrutura disponível na propriedade
  • Fontes de alimentação e acesso a insumos
  • Demanda de mercado: carne gourmet, cortes magros, mercado local etc.
  • Nível de tecnologia empregado na produção

A assistência técnica e o planejamento estratégico são essenciais para reduzir riscos e garantir produtividade e lucro.

Genética, manejo e mercado: os pilares do sucesso na suinocultura

Seja em grandes granjas industriais ou em pequenas propriedades familiares, o sucesso na suinocultura depende da integração entre genética de qualidade, manejo adequado e estratégia comercial bem definida.

A suinocultura brasileira está preparada para liderar em produtividade, qualidade e inovação. Apostar nas raças certas e nos sistemas de produção mais adequados é a chave para prosperar nesse setor que movimenta bilhões e gera emprego, renda e segurança alimentar para milhões de brasileiros.



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 Publisher: Gilberlan Atrox — jornalista (MTb 2777/PA) e técnico agrícola em agropecuária, da PLUATROX SEGMENTOS — marca segmentada que atua nas áreas de comunicação e informação rural, urbana e divulgação de conteúdos sonoros.
 Reportagem publicada originalmente em www.pluatrox.com

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