A horta no presídio de Parauapebas: uma história de trabalho e transformação


Como a horta prisional promove ressocialização, capacitação profissional e sustentabilidade ambiental.

Em Parauapebas, no Pará, um projeto social inovador em presídio está mostrando como é possível unir ressocialização de internos, trabalho produtivo e capacitação profissional prisional. Dentro da Unidade de Custódia e Reinserção (UCR), foi criada uma horta que oferece aos internos a chance de aprender, trabalhar e se preparar para a reinserção social.

Parte do espaço interno do presídio foi transformada em canteiros de hortaliças, com fornecimento de sementes, adubo e acompanhamento técnico. Os internos dedicam algumas horas do dia ao plantio, cuidado e colheita. Esse trabalho não só fornece alimentos frescos para suas famílias, mas também garante redução de pena, conforme previsto na legislação brasileira.

Além das hortaliças, os internos produzem mudas de árvores nativas, destinadas à recuperação de áreas degradadas e à participação em ações ambientais, incluindo eventos internacionais sobre sustentabilidade e mudanças climáticas.

Impactos do projeto social

  • Social e Familiar: fortalece os vínculos familiares e melhora a autoestima dos internos.
  • Capacitação Profissional: oferece educação prisional e habilidades práticas que aumentam as chances de reintegração ao mercado de trabalho.
  • Sustentabilidade e Meio Ambiente: contribui para práticas sustentáveis e preservação ambiental.
  • Legal: a possibilidade de remissão de pena incentiva disciplina, participação e engajamento.

Contexto histórico e social

Historicamente, o uso do trabalho agrícola como ferramenta de ressocialização prisional remonta às colônias agrícolas do século XX. A experiência de Parauapebas se destaca por integrar capacitação profissional, sustentabilidade e impacto social, mostrando que o presídio pode ser um ambiente de reconstrução social, além de punição.

O projeto evidencia que políticas públicas voltadas à educação, trabalho e sustentabilidade podem gerar resultados concretos: promovem a reintegração de internos, fortalecem vínculos familiares e beneficiam a comunidade.

A horta de Parauapebas constitui um modelo relevante para estudos sobre projetos sociais em presídios e demonstra que é possível transformar espaços de encarceramento em locais de aprendizado, oportunidades e reinserção social efetiva.

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