Entrevista exclusiva: Dr. Felipe fala sobre decisão da Justiça Eleitoral em Parauapebas
Em decisão recente, a 106ª Zona Eleitoral de Parauapebas desaprovou as contas de campanha dos candidatos Felipe Augusto Francisco Borges (PL-PA), conhecido como Dr. Felipe, e Ana Raquel Braga Silva, seguindo parecer técnico e manifestação do Ministério Público Eleitoral. A determinação baseia-se no artigo 74, inciso III, da Resolução TSE nº 23.607/2019, que regula a prestação de contas eleitorais no Brasil.
Além disso, a Justiça Eleitoral rejeitou por intempestividade uma impugnação apresentada pela empresa Double Comunicação e Marketing LTDA. A decisão também determinou a extração de cópias para o Ministério Público Eleitoral, que poderá instaurar inquérito para apurar possíveis irregularidades.
A fala do candidato
Em entrevista exclusiva ao pluatrox.com, Dr. Felipe comentou que a desaprovação decorreu de uma interpretação equivocada quanto a três veículos utilizados na campanha. Segundo ele, os carros não foram alugados, mas doados, e o valor de R$ 1.000,00 apontado no processo correspondeu apenas ao custo de manutenção.
“Houve uma inconsistência técnica. O juiz entendeu que os veículos haviam sido alugados por R$ 1.000,00 cada, mas, na verdade, tratava-se de doação. Foram apresentadas notas fiscais e documentos comprovando isso. O advogado já protocolou os embargos de declaração e acreditamos que haverá a correção desse entendimento”, afirmou.
O candidato reforçou que a decisão trata de desaprovação das contas, e não de reprovação, o que gera efeitos distintos. Segundo ele, não há risco imediato de inelegibilidade e a defesa já foi devidamente apresentada.
Análise à luz da ciência política
A situação evidencia o papel da Justiça Eleitoral na fiscalização do financiamento de campanhas, aspecto central para a transparência democrática. A ciência política destaca que a prestação de contas é um dos instrumentos de controle e legitimação da representação, pois garante à sociedade que recursos públicos e privados sejam utilizados de forma lícita.
Casos como este mostram o equilíbrio entre rigor técnico e direito à ampla defesa, fundamentais para assegurar tanto a integridade do processo eleitoral quanto a estabilidade do sistema democrático.
O episódio segue em tramitação e dependerá do julgamento dos recursos apresentados. Para Dr. Felipe, trata-se de um equívoco formal que será sanado no curso processual. Independentemente do resultado, o caso reforça a importância de transparência, responsabilidade e conformidade legal no exercício da atividade política.
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