Assassinato de delator do PCC em Guarulhos: Investigação aponta envolvimento de Policiais Militares

Policiais fazem perícia no local do assassinato de Antonio Vinicius Gritzbach — Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP
Policiais fazem perícia no local do assassinato de Antonio Vinicius Gritzbach — Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP

O assassinato de Vinícius Lopes Gritzbach, empresário e delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), ocorrido no dia 8 de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de São Paulo, continua gerando repercussão e novas descobertas. Segundo investigações da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, o crime foi orquestrado pela facção criminosa e executado por policiais militares da ativa.

Gritzbach, de 38 anos, estava envolvido em um acordo de delação premiada e colaborava com a Justiça, fornecendo informações sobre os envolvidos com o PCC e outros grupos criminosos. O ataque, que deixou Gritzbach morto e outras três pessoas feridas, ocorreu em pleno Terminal 2 do aeroporto. Homens encapuzados, saindo de um veículo Volkswagen Gol preto, se aproximaram e dispararam contra a vítima.

De acordo com as investigações, a polícia identificou que o assassinato foi cuidadosamente planejado. Uma operação realizada em janeiro de 2025, chamada "Prodotes", resultou na prisão de 15 policiais militares suspeitos de envolvimento no crime. Entre eles, está o cabo Denis Antonio Martins, apontado como um dos atiradores responsáveis pela execução de Gritzbach.

Outros detalhes da investigação indicam que o tenente Giovanni de Oliveira Garcia teria escalado policiais para fazer a segurança particular de Gritzbach, enquanto outros militares eram responsáveis por recepcioná-lo no aeroporto no momento do crime. Além disso, os mandantes do assassinato são ligados a "Cara Preta", um membro do PCC, que teria sido vítima de um golpe milionário por parte de Gritzbach, o que motivou a vingança.

Este caso revela a grave infiltração de facções criminosas dentro das forças de segurança pública e a corrupção entre policiais e organizações criminosas. As autoridades seguem com a busca pelos responsáveis e reforçam a importância de medidas eficazes para combater essa parceria entre o crime organizado e as instituições de segurança.

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